9.01.2006

 

Introdução

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A posição sionista habitual é de que os judeus apareceram na Palestina nos fins do sec. XIX, reclamando a posse da sua pátria ancestral.
Os Judeus compraram terra e começaram a construir a comunidade Judia naquele local. Enfrentaram uma oposição cada vez mais violenta dos árabes palestinos, que teria derivado dum anti-semitismo inato da parte destes.
Os sionistas viram-se forçados a defender-se e, duma maneira geral, é essa a situação até aos dias de hoje.

O problema desta visão das coisas é de que, pura e simplesmente, não corresponde à verdade, tal como iremos documentar mais adiante.

O que aconteceu de facto é que o movimento sionista, desde o início, teve o intuito de desapossar totalmente os árabes originários, de modo a garantir que Israel pudesse ser um estado totalmente judeu, ou tão próximo disso quanto possível.
A terra adquirida pelo Fundo Nacional Judaico foi registada em nome do povo judaico com a disposição de que jamais poderia ser vendida ou de qualquer forma cedida a árabes (situação que é mantida até ao presente).

A comunidade árabe, à medida que se foi apercebendo das intenções judaicas, cada vez mais se opôs ao aumento da imigração de judeus e à compra de terras por parte destes, dado que isso colocava um perigo real e iminente à própria existência da sociedade árabe na Palestina. Devido a esta oposição, nunca teria sido possível levar por diante o projecto sionista como um todo, sem o apoio militar britânico.
A vasta maoiria da população da Palestina tinha sido de origem árabe, não obstante, desde o sec VII (isto é, durante mais de 1.200 anos).
Em resumo, o sionismo baseou-se numa concepção errada do mundo, colonialista no sentido em que não considerava os direitos da população pré-existente.

A oposição árabe ao sionismo não se baseou em nenhuma forma de anti-semitismo, mas essencialmente no receio totalmente razoável de usurpação do seu próprio território.
Devemos esclarecer, além do mais, na nossa qualidade de judeus que as posições que aqui defendemos representam UMA CRÍTICA AO SIONISMO e de modo nenhum UMA POSIÇÃO ANTI-SEMITA.

Não cremos que os judeus tenham actuado pior do que qualquer outro grupo nas mesmas circunstâncias.
Os SIONISTAS (que eram uma minoria especial de judeus até depois da 2ª Guerra Mundial) tinham a compreensível aspiração de estabelecer um local onde os judeus pudessem ser donos do seu próprio destino, dada a negra história das perseguições anti-semitas.
Especialmente depois do perigo que o fim dos anos trinta, e seguintes, constituiu para os judeus residentes na Europa, as diligências empreendidas pelos sionistas foram ditadas por autêntico desespero.





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